Laudo será entregue na manhã de hoje (12)


O perito do Centro de Perícias Científicas (CPC) do Instituto Renato Chaves, Dourival Pinheiro, informou que o laudo sobre o desabamento do edifício Real Class já está pronto. Ele disse ao DIÁRIO, na noite de ontem (11), que estava somente recolhendo assinaturas dos demais peritos e que na manhã de hoje (12) o laudo deverá ser entregue ao diretor do Renato Chaves, Orlando Salgado.
O documento vai ser entregue amanhã ao delegado Rogério Moraes, que preside o inquérito sobre o desabamento. O delegado disse, ontem à noite, que ainda não tinha conhecimento sobre a conclusão do laudo. Ele informou somente que a entrega será feita em ato público seguido de coletiva à imprensa.
TRABALHO
Segundo Pinheiro, o laudo foi muito trabalhoso. “Nós traçamos todos os procedimentos desde o domingo à noite (no dia seguinte ao desabamento) e seguimos todos os itens”, afirmou. O maior trabalho, segundo ele, foi o de remoção dos entulhos e preservação do local. Um perito tinha que passar o dia inteiro lá, coordenando a retirada dos escombros. Os peritos também analisaram o projeto do edifício e todos os documentos relacionados a ele.
Os exames de laboratório foram deixados a cabo da empresa Concreteste, que preferiu usar o laboratório da Unama. A extração de todo o material foi feita pelo Escritório Paulo Barroso.
Pinheiro disse que só o delegado deverá falar sobre o conteúdo do laudo. O Renato Chaves previa entregar o laudo em cinco meses, mas esse prazo foi antecipado.
O Real Class, que estava sendo construído na travessa 3 de Maio, com 34 andares, desabou no dia 29 de janeiro, por volta das 14h, deixando um saldo de três pessoas mortas e três feridas.
UFPA
O Grupo de Análise Experimental de Estruturas e Materiais (Gaema), formado por professores da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará, concluiu um laudo independente após 39 dias da queda do edifício, a pedido do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PA), do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Pará (Sinduscon), Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Associação dos Construtores de Obras Públicas (Acoop), Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Pará, Faculdade Ideal (Faci), Universidade da Amazônia (Unama) e Instituto de Avaliação e Perícias de Engenharia do Pará (Iapep).
O laudo concluiu que o edifício caiu por erro no cálculo do projeto estrutural. O engenheiro calculista da obra, Raimundo Lobato da Silva, contratado pela Real Engenharia, se defendeu e apontou outras irregularidades. (Diário do Pará)

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