Real Class: erros de cálculo e estrutural provocaram acidente


Um erro de cálculo e o consequente erro estrutural provocou o desabamento do edifício Real Class, quando ele ainda estava em construção, no dia 29 de janeiro deste ano. No acidente, três pessoas morreram, sendo dois operários e uma moradora vizinha à obra. A polícia vai indiciar os responsáveis pela obra. O primeiro a ser ouvido será o engenheiro calculista.

O laudo - feito pelo Centro de Perícias Renato Chaves - com as causas do acidente, num total de quatro volumes, foi divulgado na manhã desta sexta-feira (15), em coletiva de imprensa, pelos peritos Orlando Carvalho e Lourival Pinheiro. Também participou da entrevista o delegado Rogério Moraes, que preside o inquérito policial sobre o caso.



Os peritos explicaram que o desabamento foi ocasionado por problemas estruturais. Houve erro na escolha do modelo matemático e estrutural. Na perícia foi detectado erro no dimensionamento do pilar-parede (o principal do prédio). A dimensão dele era menor do que deveria ser.

Outra inconformidade encontrada foi a quantidade de ferro usada nesse pilar, que era menor do que o padrão. Segundo os peritos, são erros matemáticos na concepção do prédio e, a partir disso, ele foi construído errado desde o início e, pelas fragilidades, não poderia ter 34 andares.


O delegado Rogério Moraes anunciou na coletiva que vai iniciar os envolvidos no caso. Ele disse ainda que primeiro vai ler o laudo com calma para definir como vai proceder, mas adiantou que já vai começar a tomar depoimentos na próxima semana e o primeiro a ser ouvido será o engenheiro calculista do prédio.

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